Recuperação de Áreas Degradadas
A recuperação de áreas degradadas é um assunto que tem despertado o interesse de muitos profissionais, entre os quais, os biólogos. Nos últimos anos, em função da crescente degradação ambiental, a preocupação com as questões ambientais também tem aumentado. A Legislação Ambiental prevê a existência de Áreas de Preservação Permanente - APP, a serem protegidas e conservadas. As margens dos corpos d’água, por exemplo, são consideradas APPs. Ao longo do tempo, essas áreas cederam espaço a agricultura, pecuária e expansão imobiliária, ficando extremamente degradadas. Estudos procuram estabelecer formas de recuperar áreas degradadas. Pesquisadores têm demonstrado que deixar a Natureza seguir seu curso é uma boa opção, ou seja, a sucessão ecológica que se estabelece naturalmente numa área degradada acaba recompondo a flora e fauna locais. A sucessão em curso pode, no entanto, receber uma “ajudinha” da mão humana. Através da técnica da "nucleação", cujo princípio é a formação de núcleos capazes de implantar e atrair a diversidade biológica local, é possível dar “uma mãozinha” ao processo de recuperação. A partir dos núcleos de diversidade, ocorrerá a colonização de áreas adjacentes. Ao se devastar uma área para a agricultura ou pecuária, é importante preservar ilhas de vegetação nativa, que funcionarão como núcleos de diversidade, colaborando para manter a fauna e flora nativas.
Núcleos de diversidade
Algumas das formas de se atingir os objetivos da técnica de nucleação é a instalação de "poleiros secos", "poleiros vivos" e "cabos aéreos", todas elas com o intuito de atrair a avifauna local. As aves deixam cair sementes no chão, seja pela queda de frutos capturados, seja através de suas fezes. Nesses locais há maior probabilidade de colonização com espécies vegetais que são características da região, através da germinação das sementes trazidas pelas aves.
Em regiões em que há contaminação biológica por Pinus, espécie exótica e invasora, é possível utilizá-los como cabos aéreos, ou seja, locais onde as aves podem repousar ou parar para comer frutos que foram capturados. Assim, nesses locais várias sementes serão deixadas, aumentando a possibilidade de germinação das espécies nativas. Anelar um Pinus corresponde a retirada de um anel ao redor do tronco. Como os tecidos condutores de seiva estão concentrados na região periférica, o Pinus morrerá.
Em regiões em que há contaminação biológica por Pinus, espécie exótica e invasora, é possível utilizá-los como cabos aéreos, ou seja, locais onde as aves podem repousar ou parar para comer frutos que foram capturados. Assim, nesses locais várias sementes serão deixadas, aumentando a possibilidade de germinação das espécies nativas. Anelar um Pinus corresponde a retirada de um anel ao redor do tronco. Como os tecidos condutores de seiva estão concentrados na região periférica, o Pinus morrerá.
Poleiro seco - Poleiro vivo
Cabo aéreo vivo - Cabo aéreo em Pinus anelado
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